no meu umbigo

A imagem funciona como um cartão de visita, os próprios músicos e (pseudo) artistas não a dispensam, independentemente do género/estilo em que se rotulem.

As imagens mais vincadas/apuradas vão desde os White Stripes, vermelho, branco e preto, passando pelos The Hives, fato preto, camisa branca e gravata preta ou invertido, até aos Kings of Leon, Levi´s size 29, t-shirt S e cabelo L. As revistas de moda fazem capa com ídolos pop/rock , os video-clips estão cada vez mais apurados, a ver o novo "I just don´t know what to do with myself" dos WS. Há bandas, ao vivo, em desfiles de moda e campanhas publicitárias com os novos modelos pop.

Assistimos assim à  conivência, em crescendo, entre a luxúria model e o conceptual rock.

Mas estes casos são pura rebeldia, idealização dos the artists ou simplesmente imposição/aconselhamento das editoras/produtoras? A resposta oscila, naturalmente, entre as 3 opções, mas casos há em que o não ter imagem pode ser uma mais valia.
Há um exemplo interessante, The Rapture, "Echoes" 2003, os miúdos que apesar de direccionados para Nova York, por James Murphy & Tim Goldsworthy, para a DFA (Death From Above) não apresentam espécie de imagem.

Aqui é o conceito do Anti-look a funcionar, mas até quando?

"Aquilo que faço enquanto artista é deixar o cérebro à porta e espremer o coração"
Mark Eitzel


NdR: Citação de memória

Em 24 h, podem-se ouvir cerca de 40 músicas, diferentes, média de 12 por hora, o que dá cerca de 60%, de repetições. È o condicionalismo assente em campanhas de marketing – face lift - para dinamizar o portfolio, o das músicas bolorentas.
A rádio, a das play-list, mais não faz do que mecanizar/reduzir o homem à sua mais cruel ignorância não capacitiva.

Mas, até o panorama radiofónico, alternativo, de máxima difusão, em Portugal, que existiu, (XFM, FM Radical, Antena 3, Voxx ...) perdeu a sua identidade – os programas de autor. Agora apenas se ouvem, em número reduzido, dispersos no marasmo global, fruto de alguns dedicados/iluminados, em frequências pouco lucrativas/abrangentes.

È todo este lixo, orgânico, pois a transformação/decomposição ainda é possível, que nos rodeia.

Não estou à espera de um mundo perfeito.

Após o anúncio público da criação, adaptation, de dois espaços, na noite do Porto, Urbansound e Soft Club, a funcionar, sextas e sábados, no Swing e no Hard Club, respectivamente, aguardamos o desfilar das novas colecções para este Outono/Inverno.

Olhando o meu umbigo, deixo o cartaz Porto/Lisboa assim alinhavado:

Outubro
10- Major eléctrico - Urbansound (Swing)
11- Miss Kittin - Soft Club (Hard Club)
17- Bonnie prince Billy + old jerusalem - Blá Blá
18- Club Kitten - Urbansound (Swing)
25- Jazznova e Faze Action - Soft Club (Hard Club)
31- Lo Fidelity Allstars - Soft Club (Hard Club)

Novembro
1- Chicks on Speed + DJ Kitten- TSB
5 - Blur - Coliseu dos Recreios
12 - Logh - O meu Mercedes è maior que o teu
22- Datamath(Ladytron) + Angie Reed (Stereo Total) - Soft Club (Hard Club)
24- Liars + X-Wife - TSB
29- Legendary Tiger man - Maus hábitos

Dezembro
4- Mars Volta - Paradise Garage
5- Jay Jay Johanson - Clinic (Alcobaça)
6- Peaches - TSB - Festival blue spot
20- Peter Kruder, Rainer Trüby e DJ DSL - TSB

Fevereiro
6 - Mogway - Hard Club

Nota: Este post será alvo de updates, enquanto a estação o permitir.

Arranjei tempo e mudei de visual.

E os sintomas são:

dor contínua e obstrutora
graus medidos em mercúrio
gelo absoluto
lenços, vários, atirados
tosse sem agudos

È a doença que nos derruba e condiciona, só a prescrição funciona.
O meu anti-inflamatório apareceu sobre a forma de cotovelo, estranho?
A saber “Cast of Thousands”, para aqueles que tenham os mesmos sintomas.